O Design Thinking (DT) é um processo iterativo utilizado para identificar e resolver problemas em diferentes áreas. Como diz Tim Brown, CEO da IDEO – Interaction Design Foundation, a maior escola online de design do mundo, “O Design Thinking é uma abordagem de inovação centrada no ser humano que recorre às ferramentas do design para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso dos negócios”. Nas próximas linhas vamos explorar como funciona exatamente cada uma das fases do Design Thinking e as principais ferramentas associadas.

Já olhou de perto para um novelo de lã? No tricot, o emaranhado de fios vai sendo desenrolado e, aos poucos, dá lugar a peças específicas. O processo do DT é semelhante. Pode pensar nele como uma linha que começa bastante confusa. À medida que as fases do Design Thinking evoluem, o conhecimento aumenta e a solução torna-se palpável.

Esta é uma das representações para entender o processo e chama-se “Fuzzy Front End”, sendo até o recurso visual da capa do livro Design Thinking Inovação em negócios.

Quais as fases do Design Thinking?

Numa tradução literal, Design Thinking refere-se à forma do designer pensar, um tipo de raciocínio “fora da caixa”. Uma das suas premissas é que não podemos resolver um problema com o mesmo pensamento que o originou.

Para o designer, tudo aquilo que prejudica ou impede uma boa experiência e o bem-estar na vida das pessoas é considerado um problema. A sua principal tarefa é assim mapear problemas e encontrar soluções, identificando as causas e as consequências das dificuldades encontradas. Como? Através das quatro fases do Design Thinking, são elas:

  1. Imersão;
  2. Análise e Síntese;
  3. Idealização;
  4. Prototipagem.

Imersão: mergulhe no problema

É nesta fase que os designers se aproximam do problema. Aqui, a equipa começa a entender as implicações do desafio e estuda-o tanto do ponto de vista da empresa como do utilizador final. 

Existem duas etapas de Imersão: Imersão Preliminar e Imersão em Profundidade.

A Imersão Preliminar acontece antes do kick-off do projeto. Serve para que a equipa tenha o primeiro contacto com o problema e conheça o assunto. Algumas ferramentas utilizadas incluem:

A Imersão em Profundidade é o momento em que o designer descobre como as pessoas agem, o que pensam e como se sentem. Algumas ferramentas utilizadas incluem:

Análise: conheça o cenário

A fase seguinte é a Análise, em que se sintetiza as informações recolhidas para a geração de insights. Posteriormente, os insights são organizados para a identificação de padrões, possibilitando a compreensão do problema na sua essência.

É justamente na fase de Análise que o designer consegue entender com clareza em que cenário os stakeholders estão envolvidos, fundamental para a etapa seguinte: a Idealização. Algumas técnicas utilizadas neste processo:

Idealização: pense fora da caixa

A Idealização é a fase em que as ideias são apresentadas sem nenhum julgamento, em que se pensa fora da caixa e se propõe soluções para o problema. Para tal, são utilizadas práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda na geração de soluções de acordo com o contexto trabalhado. Não há limite de ideias nesta fase. 

É muito aconselhável que haja variedade de perfis das pessoas envolvidas, abrangendo as partes beneficiadas com as soluções propostas.

Algumas técnicas que pode utilizar:

Prototipagem: tire a ideia do papel

“Prototipar” é tangibilizar uma ideia, é a passagem do abstrato para o físico de forma a representar a realidade – mesmo que ainda simplificada – e propiciar validações.

Portanto, a prototipagem representa a fase de validação das ideias geradas, de aparar as arestas, ver o que se encaixa no projeto, juntar propostas e colocar a mão na massa. 

Com o protótipo em mãos, é possível testar o produto junto do utilizador, refinar e melhorar até que se transforme numa solução que realmente esteja alinhada com as necessidades e possa gerar lucro.

Apesar de ser apresentada como fase final, a prototipagem é passível de acontecer em paralelo com as outras fases do Design Thinking. 

Conforme as ideias forem surgindo, podem ser transformadas em protótipo, testadas e, em vários casos, até implementadas.

Nesta fase, as ferramentas mais importantes são:

Qual o potencial das fases do Design Thinking?

Note que não existe uma hierarquia entre as etapas e que não seguem uma ordem cronológica.  Todas estão interligadas e podem acontecer simultaneamente, dado que somos capazes de aprender alguma coisa nova a cada instante.

Os problemas de usabilidade de um protótipo podem revelar algo sobre o utilizador, por exemplo. Por outro lado, uma ideia nova pode trazer um olhar diferenciado sobre o problema, que precisa de ser analisado.

O Design Thinking é, assim, um trabalho de aprendizagem constante. 

A proposta é fazer com que as empresas deixem de ser reféns dos obstáculos e passem a agir de forma proativa. Essa é a força-motriz da inovação.

Se pretender aprofundar ainda mais as fases do Design Thinking, não perca o livro Design Thinking: Inovação em Negócios, uma referência na metodologia e campeão de downloads da MJV.E para aplicar tudo isto, conte com o nosso serviço de Design Thinking e a elevada expertise da nossa equipa. Vamos falar?