Os riscos no mundo corporativo podem ser internos ou mesmo influenciados por fatores externos, e trazem muitas incertezas para as empresas. E é justamente aí que entra a gestão de riscos. 

Embora esse tipo de evento faça parte de qualquer negócio, ter uma gestão de riscos é fundamental para as organizações que desejam aproveitar oportunidades e minimizar possíveis impactos negativos. 

Além disso, para continuar a crescer e a inovar, em algum momento, será preciso assumir riscos para poder colher os benefícios de decisões difíceis. Mas isso não deve ser feito sem uma estratégia por trás. 

Se quer entender tudo sobre o tema e começar a colocar em prática, continue a leitura! 

O que é a gestão de riscos?

Podemos definir a gestão de riscos como uma série de ações que são realizadas para prevenir situações que possam gerar danos e prejuízos para as empresas ou mesmo comprometer o crescimento do negócio.

Ao aplicar a gestão de riscos, as empresas equilibram o seu plano estratégico (ou seja, objetivos) com os riscos internos e fatores externos dependentes das ações. 

Além disso, é fundamental para que as organizações tenham um plano de ação estruturado para casos em que ocorram incertezas ou mudanças de cenário. Por exemplo, um desequilíbrio económico, desastres naturais e etc. 

No próximo tópico vamos falar dos principais tipos de riscos corporativos. Acompanhe. 

Principais tipos de risco

Quando falamos de eventos que podem causar prejuízos às organizações, as opções são amplas. E podem estar presentes nas mais diversas áreas do negócio.

Resumidamente, podemos dizer que estes estão situados, principalmente, nessas três frentes: económica, operacional e/ou jurídica. Vamos falar mais detalhadamente a seguir.  

  1. Risco económico

Os riscos económicos podem gerar perdas na saúde financeira das organizações. Portanto, costumam afetar o fluxo de caixa, o capital de giro, a lucratividade e até mesmo o património de uma empresa.

Nesses casos, trabalhar com base em dados e relatórios de desempenhos frequentes pode ajudar-te a ter uma maior clareza em relação ao cenário atual e a prever possíveis riscos económicos.

  1. Risco operacional

Os riscos operacionais ocorrem, como o próprio nome diz, dentro da área operacional da empresa. Logo, estão presentes na perda de colaboradores-chave, falha nos processos da empresa, falta de integração entre setores ou mesmo alguns problemas com os softwares utilizados na rotina operacional.

Não conseguir prever riscos nesta área pode gerar um grande retrabalho e atrasos no planeamento e nas entregas previstas.

  1. Risco legal

O risco legal é gerado por qualquer desatenção ou falha que faça a empresa descumprir as leis em vigor.

Este é um dos maiores riscos que existem e, até por isso, é comum vermos em empresas mais organizadas um setor de compliance, que vai trabalhar para antecipar eventos potenciais e garantir que a organização cumpra a rigor os passos necessários para evitar problemas legais.

Anteriormente, falamos um pouco sobre três tipos de riscos que podemos fazer a gestão antecipadamente. Mas como exemplos práticos, podemos citar:

Além dos tipos citados, existem outros como: riscos estratégicos, ambientais, cibernéticos, riscos no ambiente de trabalho etc.  

Benefícios da gestão de riscos para empresas

Se leu este artigo até aqui, notou a importância da gestão de risco. Certo? Agora veja alguns dos principais benefícios:

Com a gestão de risco em dia, a tomada de decisão por parte dos gestores da empresa torna-se mais fácil, uma vez que pontos de atenção já foram mapeados e possíveis soluções apresentadas.

A gestão de risco serve não só para detetar problemas, mas também para mapear possibilidades de crescimento para os negócios, uma vez que riscos também podem ser oportunidades.

Uma das áreas mais sensíveis de um negócio é a conformidade com as regras e leis, tanto que esse é um ponto importantíssimo que a gestão risco aborda. Essa ação preventiva evita que o seu negócio tenha problemas com o governo ou enfrente processos jurídicos.

Uma vez que a gestão de risco trabalha sempre de forma a antecipar riscos e eventuais problemas, um dos grandes benefícios que esta traz é a possibilidade do seu negócio funcionar de forma mais clara, com menos ruídos e falhas.

5 passos para implementar a gestão de risco

A gestão de riscos pode ser trabalhada de acordo com a norma ISO 31000, que foi criada pela International Organization for Standardization, com o objetivo de estabelecer princípios e orientações genéricas a respeito da gestão de riscos.

Para aplicar a gestão de riscos corretamente é preciso seguir 5 passos. Veja a seguir quais são e os seus detalhes. 

  1. Integração

Integrar a gestão de riscos em uma empresa deve ser um processo que se adapte de acordo com as necessidades e características do negócio, e se molde à sua estrutura mais essencial. Tornando-se parte da cultura organizacional, visto que todos os envolvidos precisam ter responsabilidade sobre os riscos.

  1. Conceção

A conceção de um planeamento ou estrutura deve levar em consideração os fatores internos e externos do seu negócio. Além disso, é necessário que sejam atribuídas responsabilidades e papéis organizacionais.

  1. Implementação

A implementação deve ser realizada com base em um planeamento forte (realizado nas etapas anteriores), que tenha prazos definidos e disponibilize os recursos necessários para realizar a gestão de riscos.

  1. Avaliação

A avaliação precisa ser aplicada periodicamente, através da medição dos resultados e indicadores esperados, para verificar se estão a atingir os objetivos propostos no planeamento inicial ou não.

A partir daí, é possível determinar se o plano proposto precisa de ajustes e melhorias.

  1. Melhoria

Os processos de melhoria garantem que a estrutura esteja em constante adequação em relação à gestão de riscos, seja para trabalhar mudanças no ambiente externo ou interno.

A melhoria deve ser contínua, quando se identifica novos riscos potenciais ou oportunidades é preciso criar novos planos de implementação e recomeçar as etapas. 

Ferramentas para fazer a gestão de riscos

Sabemos que a gestão de riscos não é simples, mas algumas ferramentas podem facilitar boa parte do trabalho. Conheça algumas delas:

PFMEA

O PFMEA, ou Process Failure Mode and Effective Analysis, avalia potenciais falhas nos processos e consegue indicar ações que devem ser aplicadas para diminuir a chance de ocorrer ou mesmo o volume e frequência desses eventos. 

What if

O método what if, que em português significa “e se”, trabalha com o levantamento de perguntas para antecipar possíveis problemas nos processos. 

Por exemplo: E se um fornecedor falir? E se determinado colaborador se demitir? E se determinado sistema sair do ar? E assim por diante. 

Com este método, é possível identificar pontos de risco e mapear as possíveis causas, além de definir estratégias e ações para solucioná-los antecipadamente.

Análise preliminar de riscos

Essa é uma técnica relativamente simples de ser aplicada e pode trazer boas ideias.

Consiste em criar uma lista com todos os possíveis riscos de determinado processo. Nesse caso, é importante que seja realizado junto com colaboradores ou gestores responsáveis por esses processos.

A partir desse levantamento, é possível estabelecer um índice de risco que vai de 1 a 3, e priorizar os que possuem um grau maior de urgência.

Agora que já conhece um pouco mais sobre o que é gestão de risco, quais os benefícios traz e algumas ferramentas que podem ajudar-te a implementar no seu negócio, é hora de dar o próximo passo.

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