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Fases do Design Thinking: entenda o que é e como funciona cada etapa

O Design Thinking é um conjunto de métodos e processos utilizados para identificar e abordar problemas, com o qual se gera um pensamento criativo.


O Design Thinking (DT) auxilia empresas que atuam em diferentes áreas e não está necessariamente associado à tecnologia, mas à inovação. Pressupõe o levantamento de informações sobre problemas reais do utilizador, a perceção da sua jornada e a proposta de soluções tangíveis.

De forma literal, Design Thinking refere-se à maneira do designer pensar-um tipo de raciocínio “fora da caixa”. Uma das máximas é que não podemos resolver um problema com o mesmo pensamento que o originou.

A seguir, vamos mostrar como funcionam as 4 fases do Design Thinking.

Imersão: mergulhe no problema

É nesta fase que nos aproximamos do problema. A equipa começa a entender as implicações do desafio, estudando o ponto de vista da empresa e do utilizador. 

Existem duas etapas de Imersão: a Preliminar e a em Profundidade.

A fase preliminar acontece antes do kick-off do projeto. Serve para que a equipa tenha o primeiro contacto com o problema e conheça o assunto. Algumas ferramentas utilizadas nesse momento são:

  • Reenquadramento
  • Pesquisa exploratória
  • Pesquisa desk

Depois, temos a etapa de Imersão em Profundidade. É neste momento que o designer descobre como as pessoas agem, o que pensam e como se sentem. Para atingir esse objetivo, são utilizadas as seguintes ferramentas:

  • Entrevistas
  • Cadernos de sensibilização
  • Sessões generativas
  • Técnica de sombra

Análise: conheça o cenário

A etapa seguinte é a Análise, momento em que resumimos as informações recolhidas para a geração de insights. Posteriormente, esses insights são organizados para identificarmos padrões, possibilitando a compreensão do problema na sua essência.

É justamente na fase de Análise que o designer consegue perceber com clareza em qual cenário os stakeholders estão envolvidos, o que será fundamental para a etapa seguinte: a Ideação.

Conheça algumas técnicas utilizadas nesse processo:

  • Cartões de insights
  • Diagrama de afinidades
  • Mapa conceitual
  • Critérios norteadores
  • Personas
  • Mapa de empatia
  • Jornada do utilizador
  • Blueprint

Ideação: pense fora da caixa

A Ideação é a fase em que as ideias são apresentadas sem nenhum julgamento. É o momento de pensar fora da caixa e propor soluções para o problema.

Para isso, utilizam-se práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda na geração de soluções que estejam de acordo com o contexto trabalhado. Não há limite de ideias nesta fase. 

É aconselhável que haja variedade de perfis das pessoas envolvidas, incluindo as partes beneficiadas com as soluções propostas.

Conheça algumas técnicas que pode utilizar nesse momento:

  • Brainstorming
  • Workshop de cocriação
  • Cardápio de ideias
  • Matriz de posicionamento

Prototipagem: tire a ideia do papel

Prototipar é concretizar uma ideia, é a passagem do abstrato para o físico de forma a representar a realidade – mesmo que simplificada ainda – e propiciar validações.

Portanto, a prototipagem é a fase de validação das ideias geradas. É a hora de aparar as arestas, ver o que se encaixa no projeto, juntar propostas e colocar a mão na massa. 

Com o protótipo em mãos, é possível testar o produto juntamente com o utilizador, limpar e a melhorar até que se transforme numa solução que realmente esteja alinhada às suas necessidades e possa gerar lucro.

Apesar de ser apresentada como fase final, a prototipação pode acontecer paralelamente às outras fases. Conforme as ideias forem surgindo elas podem ser prototipadas, testadas e, em vários casos, até implementadas.

Nesta etapa, as ferramentas mais importantes são:

  • Protótipo em papel
  • Modelo de volume
  • Encenação
  • Storyboard
  • Protótipo de serviços

Entenda que não existe uma hierarquia entre as etapas e que elas não seguem uma ordem cronológica. Todas estão interligadas e podem acontecer simultaneamente. Isto acontece porque somos capazes de aprender coisas novas a toda a hora.

Problemas de usabilidade de um protótipo podem nos revelar-nos algo sobre o utilizador, por exemplo. Por outro lado, uma ideia nova pode trazer um olhar diferente sobre o problema, que precisa de ser analisado.

O Design Thinking é, portanto, um trabalho de aprendizagem constante. A proposta é fazer com que as empresas deixem de ser reféns do problema e passem a agir de forma proativa. Essa é a força-motriz da inovação.

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