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O que é inovação: conceito, benefícios e formas de aplicar

Sabe o que é inovação? Para muitas empresas, inovação significa transformar produtos e serviços e alterá-los no pormenor: cor, forma, funcionalidades, tamanho etc.


Uma rápida busca no Google sobre o que é inovação nos mostra que esse termo, usado como sinônimo para tudo, já se tornou um chavão. Mas o que isso realmente significa na prática?

Sabe o que é inovação? Para muitas empresas, inovação significa transformar produtos e serviços e alterá-los no pormenor: cor, forma, funcionalidades, tamanho etc.

Mas este tipo de inovação que citamos, sozinha, não funciona mais em muitos setores. Além disso, devido à transformação digital, as empresas também precisam desenvolver cada vez mais modelos de negócios digitais.

Em resumo, a inovação é sempre um grande desafio — por isso precisa, antes de tudo, ser compreendida.

Esta é a nossa proposta neste artigo: desmistificar o que é inovação, mostrar como a sua organização pode beneficiar-se com ela e apontar os primeiros passos para alcançá-la.

Continue a ler para entender.

O que é inovação?

Muitos estudiosos já debruçaram-se sobre a inovação. A maioria deles concorda que para explicar rapidamente o que é inovação, pode-se recorrer ao economista alemão Jürgen Hauschildt, que assim a definiu:

Inovações são produtos, serviços, processos ou modelos de negócios qualitativamente novos que diferem-se visivelmente num estado comparativo“.  

Também é interessante investigar a etimologia da palavra inovação. Ela tem origem no latim e significa algo como “mudança, reforma, introdução de algo novo, implementação de solução nova e progressiva para um problema específico”.

Seja como for, os estudiosos do tema têm um ponto em comum; eles coincidem que uma inovação só existe quando apresenta pelo menos estas duas características:

  1. Novidade ou renovação de um objeto ou ação;
  2. Mudança e aplicação — o que significa que a inovação deve ser inventada, introduzida, usada e aplicada.   

Benefícios da inovação 

Empresas que inovam mais, crescem mais. Esta não é uma frase de efeito. Até porque os benefícios da inovação são evidentes, tanto para as empresas quanto aos olhos dos consumidores. Entre eles estão:

Melhorar a competitividade

Empresas inovadoras conseguem manter-se firmes no mercado. Afinal, o processo de inovação evita que sejam “mais do mesmo”. O foco é trazer novidade e autenticidade, ou seja, as chances de se destacarem torna-se ainda maior.

Aceder a novos mercados

Aqueles que inovam ficam em posição de vantagem em relação aos demais.  A inovação permite que as empresas acedam a novos mercados, aumentem a sua faturação, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor de suas marcas.

Aumenta o valor agregado

Ao investir em inovação a ideia é que os cliente percebam o seu negócio sobre esse ponto de vista, já que a empresa busca se aperfeiçoar e oferecer processos e produtos cada vez mais eficientes.

Leia tambémGuia prático para Gestão da Inovação

Principais mitos da inovação

Especula-se muito sobre o que é inovação. Se as definições são múltiplas, no meio de tantas informações, também surgem perceções sem embasamento.

Chamamos aqui de mito as ideias sobre inovação que não correspondem totalmente à realidade, as verdadeiras hipóteses.

Conheça agora os 4 mitos sobre a inovação:

  • A inovação é sinônimo de tecnologia.

Realidade: A tecnologia é apenas uma das ferramentas do processo de inovação.

  • Inovar é criar novos produtos e serviços.

Realidade: A inovação pode manifestar-se também em processos, não só em produtos.

  • Criatividade e inovação são a mesma coisa.

Realidade: A criatividade ajuda no processo de inovação, ela é parte da ação, mas são coisas diferentes.

  • Inovar custa caro.

Realidade: O que está em jogo não é a quantidade de investimento, mas saber fazer a gestão exatamente da cadeia de valor.

Tipos de inovação

Para ajudar a entender o que é inovação, é interessante lembrar que existem vários tipos de inovação:

→ Inovação de desempenho: uma nova ideia para um mercado conhecido. Um aprimoramento da oferta existente, geralmente possibilitado pelas novas tecnologias;

→ Inovação incremental: desenvolvimento adicional e/ou otimização de produtos, serviços ou modelos existentes. Estes ajustes são frequentemente utilizados para reduzir os custos, otimizar os benefícios do cliente ou fazer um reposicionamento de mercado;

→ Inovação radical: significa que as ideias completamente novas são implementadas em produtos, serviços ou modelos de negócios. Elas têm o maior impacto porque, por exemplo, novos mercados ou necessidades dos clientes podem surgir desta inovação;

→ Inovação sustentável: serve às empresas para defender a sua própria posição no mercado e permanecer competitivas.

Qualquer inovação que melhore uma oferta é, portanto, uma inovação sustentável, independentemente de ser radical ou incremental.

→ Inovação disruptiva: inovações que moldam um novo mercado e perturbam os mercados estabelecidos; são possíveis através de novas tecnologias.

→ Inovação aberta: processo de inovação que gira em torno do livre trânsito de ideias, em busca de soluções de negócio para além das fronteiras corporativas, a partir de parcerias com outras organizações e instituições de pesquisa;

→ Inovação ágil: significa que as ideias são implementadas utilizando colaboração e loops de protótipo iterativos. Com a adaptabilidade dos processos ágeis de inovação, as inovações podem chegar ao mercado e ser implementadas mais rapidamente.

→ Inovação arquitetural: é a inovação arquitetural combina a inserção da tecnologia e de modelo de negócios já vigentes. É a mais difícil de ser alcançada, já que requer uma transformação completa, muito mais intensa que as outras mencionadas.

→ Atividades de inovação: são as atividades de desenvolvimento, financeiras e comerciais executadas por uma empresa de modo a resultar numa inovação para a empresa.

→ Inovação empresarial: é o aprimoramento ou a implementação de um novo produto ou processo de negócios (ou uma combinação dos dois) que diferencie significativamente dos produtos ou processos de negócios anteriores da empresa ou já existentes no mercado.

Formas de aplicar a inovação

No mundo corporativo, as inovações, sejam de quais tipos forem, trazem excelentes vantagens em diversas frentes. 

Estas frentes costumam ser agrupadas assim: processos, produtos, serviços e modelos de negócios. Vamos conhecer cada uma:

→ Inovação de modelo de processo: trata-se de uma mudança ou aprimoramento de funções que diferenciam-se significativamente dos processos já em uso na empresa.

Em muitas corporações, a inovação de processo é chamada de melhoria contínua ou gerenciamento de ideias.

→ Inovação de modelo de produtos: refere-se ao desenvolvimento de propriedades inovadoras de produtos, aprimoramentos que diferenciam significativamente os anteriores já introduzidos no mercado ou a criação de novos produtos.

As empresas diferenciam-se muito ao fazer a gestão no desenvolvimento de produtos inovadores; elas transparecem esta inovação, o que as ajuda a vender mais e melhor.

→ Inovação de serviços: é o desenvolvimento de novos serviços e ofertas. A inovação de serviço geralmente é um estágio preliminar da inovação do modelo de negócios.

A principal diferença é a questão da monetização: a inovação em serviços não está necessariamente ligada aos clientes que pagam por este serviço.

→ Inovação de modelo de negócio: Trata-se do desenvolvimento de tipos inovadores de valor agregado. O foco está no desenvolvimento de benefícios inovadores para os clientes, pelos quais eles estão dispostos a pagar.

4 passos para começar a inovar

Confira, a seguir, quais são os passos iniciais que serão necessários para que o seu negócio mergulhe na inovação.

Passo 1: Traga a cultura de inovação para a luz

Para promover a inovação, é importante que também tenha colaboradores que valorizam coisas novas — que estejam procurando por elas. É preciso criar uma cultura de inovação; e ela não nasce da noite para o dia.

Comece a inserir a inovação no planeamento estratégico do negócio; em seguida, sensibilize as lideranças para o tema e, com a ajuda delas, trabalhe-o também no nível global do negócio. 

Promova sessões, insira a inovação na comunicação interna, capacite os colaboradores… Enfim, mostre que a inovação é um valor real, não apenas um discurso em sua organização. 

Passo 2: Monte um comité de inovação

Reúna um grupo seleto de profissionais e dê a missão de fomentar a cultura inovadora. Cuide para que esse comité seja multidisciplinar e multi-hierárquico — pessoas com habilidades, experiências, funções e cargos/responsabilidades diferentes. 

Em linhas gerais, as atividades desse comité podem girar em torno de criar o portfólio de inovação, selecionar ideias, intermediar debates, medir e comunicar os resultados das discussões e ações em torno da estratégia de inovação.

O principal objetivo desta equipa é sugerir e construir soluções novas para os problemas, a entregar valor para todos os envolvidos e gerando resultados reais para a empresa.

Assim, quanto maior a pluralidade de ideias, mais inovador se torna o ambiente corporativo.

Passo 3: Valorize a colaboração (interna e externa)

Não existe inovação sem colaboração. É muito importante criar um clima de ajuda mútua, de intercâmbio de ideias. 

Promova a integração dos departamentos e das equipas. Para isto, invista na comunicação interna, promova eventos de integração, crie objetivos em comum com equipas aparentemente “concorrentes”. 

Da mesma forma, deve incentivar a colaboração com os fornecedores, os clientes e os parceiros de negócios. Isto eleva o mindset de inovação.

Os públicos externos ajudam os colaboradores, normalmente mergulhados em seus afazeres, a visualizar problemas, modificar processos, ter ideias disruptivas, entre outras coisas.

Passo 4: Busque ajuda especializada

Por fim, um conselho bastante útil é: contrate uma consultoria especializada em inovação para “destravar” o poder inovador do seu negócio. Bons consultores têm know how em métodos que tornam tudo mais fácil e simples de ser realizado. 

Do diagnóstico  à execução de projetos específicos, a passar pelo desenvolvimento da cultura de inovação, entre outras frentes, uma consultoria de inovação ajuda muito.

É o que as empresas mais bem-sucedidas têm feito: lançado mão da inovação aberta para diferenciar-se no mercado e potenciar os seus resultados.

Inovação na prática: conheça um caso de sucesso

Além do que já leu até aqui, queremos mostrar-se um caso de sucesso que ilustra como a inovação pode elevar a competitividade do seu negócio. 

A multinacional de fast moving consumer goods (FMCG) conseguiu elevar a experiência de seus clientes usando chatbots, aumentando os seus resultados financeiros e diferenciando-se da concorrência.

→ Desafio: aproximar os consumidores e melhorar a transmissão dos valores e a identidade da marca. Incentivar o consumo do principal produto da marca durante as comemorações natalinas.

→ Solução: construir um MVP (produto mínimo viável) de um chatbot capaz de interagir, tirar dúvidas e dar sugestões para os clientes.

O bot contou com um fluxo de conversa estruturado, focado na experiência do utilizador, e Inteligência Artificial para maturar o conteúdo e aprender com as interações dos clientes.

→ Resultados: em apenas um dia aproximadamente 89% dos utilizadores consideraram que o bot os ajudou; foi alcançada uma média de 90 utilizadores; movimentou-se 2.200 mensagens enviadas; apenas 2% dos utilizadores consideraram a análise como negativa.

Nós conseguimos ajudá-lo a refletir sobre o que é inovação e por que a sua empresa deve investir nisto? Que tal colocar em prática esta estrutura? Se precisar de ajuda, fale connosco.

Agora que já conhece os principais conceitos, nossa dica é: usar as ferramentas de inovação. Clique no banner a seguir, aceda ao Kit de Design Thinking e receba o material com 5 frameworks para colocar em prática!

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